Um susto para os pais dos alunos da Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Mário Quintana, no bairro Guabiroba. Um ventilador que ficava em uma das salas do colégio pegou fogo durante o período de aula. O ocorrido foi por volta das 16h do dia 15 e, a princípio, teve origem por um curto-circuito na fiação do equipamento, que estava desligado no momento. Nenhuma criança ou funcionário se feriu no incidente. Desde então, a escola permaneceu fechada para execução de avaliação pericial e posterior restauração.

A mãe do aluno Teodoro, Daiane Teixeira, de 42 anos, conta que estava no Centro do Autista, onde o filho mais velho é atendido, quando percebeu duas ligações da escola no celular. Uma das chamadas Daiane atendeu, e foi quando a mãe foi informada pela coordenadora que deveria buscar o filho pequeno na escola, pois havia acontecido um curto circuito na tomada de um ventilador. Teodoro tem cinco anos de idade, faz parte da turma do pré-B e é aluno da Emei Mário Quintana desde os dois anos. Segundo o que recorda a mulher, o acontecido foi na sala do maternal, do outro lado do prédio, tendo como parâmetro a classe do filho. "A gente fica assustado, porque na verdade é uma escolinha maravilhosa. Meu mais velho estudou ali e nunca aconteceu isso. Mas é uma escolinha antiga também, a gente não sabe como estão as instalações dos fios, a eletricidade", ponderou Daiane.

A mãe revela que o acontecido assustou, além dos pais, as crianças também. "Eu sei que um coleguinha de aula do Teodoro chorou. O Teodoro se assustou, mas não chegou a chorar. Contou que tinha pego fogo no ventilador, assustado", expôs Daiane, que teme pelos pequenos e também pelos trabalhadores. "A gente quer segurança das crianças mesmo. Também os professores, os profissionais que estão na cozinha, em função dos fios. Deve estar bem condenado, porque a escolinha deve ter uns 20 anos. Eu acredito que a fiação esteja precária. Se aconteceu estando o ventilador desligado, né? É perigoso para todo mundo".

Demais problemas

Outra mãe que preferiu não se identificar relata que seu filho estuda no período da manhã e não se encontrava na escola no momento do acontecido. "A estrutura do prédio já andava bem precária. Pintura só não resolve, que foi o que fizeram quando teve a reforma há alguns anos", contou a mãe, que ainda revela outros problemas estruturais do colégio. "Chove em algumas salas de aula. A pracinha, que tinha recebido um valor para requalificação, também está precária, com perigo dos alunos se machucarem. Até o muro da escola corre o risco de desabamento", menciona. "A volta às aulas será complicada, pois eu, como mãe, preciso trabalhar para poder dar as coisas para o meu filho. Mas deixá-lo sabendo que a qualquer momento pode ocorrer uma fatalidade me deixa apreensiva".

"Será feita adequação", diz diretora

Em contato com o DP, a diretora da escola, Adriana Dieguez, admitiu que o prédio é antigo e, por consequência, sua fiação elétrica também. Segundo Adriana, logo em seguida do ocorrido, a Prefeitura providenciou um engenheiro para realização de perícia. "Agora, estamos aguardando o laudo técnico dele, para ver como proceder", pontuou. "A gente tem novos aparelhos na escola. É como a casa da gente. A gente compra um apartamento que tem instalação para um ar condicionado, aí tu quer colocar outro, tu precisa se adequar. É uma questão de adequação eletrônica. E agora, será feita essa adequação".

Laudo técnico

O Município realizou, na última semana, uma vistoria na Emei Mário Quintana. Após análise do laudo técnico, a Secretaria de Educação e Desporto decidiu manter as aulas na escola, desde que com restrição ao uso de equipamentos elétricos e mediante contratação de novo projeto elétrico para a escola, que será realizado assim que possível.

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